O dia 10 de dezembro comemora, mundialmente, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, o que leva à realização de inúmeros encontros, representando importantes momentos para a reflexão necessária sobre o envolvimento de todas as pessoas no respeito à dignidade e autonomia dos grupos sociais, especialmente aqueles que mais sofrem agressões de todos os tipos, envolvendo, especialmente, mulheres, negros, índios, travestis e homossexuais, entre outros.

Realizado pela Associação em Defesa dos Direitos Humanos/ADEDH e apoio da Coordenadoria Municipal dos Direitos da Mulher, o seminário aconteceu no dia 10/12/2012, no auditório do Centro de Educação Continuada, em Florianópolis/SC, contanto com a presença de inúmeras entidades, entre elas a Coordenadoria Estadual da Mulher, com a participação da coordenadora Selma Westphal e do técnico Luiz de Freitas.

A presidente da ADEDH, Kelly Vieira, que coordenou os trabalhos, destacou a importância do Dia Internacional dos Direitos Humanos, como momento para a discussão sobre a forma como ainda são tratadas mulheres, homossexuais e minorias étnicas, entre outros, visando a um acordar mais significativo para o respeito a grupos a quem ainda são negados direitos básicos de vida e cidadania.

Em sua apresentação, a coordenadora/CEM, Selma Westphal, falou sobre os programas e projetos que estão sendo trabalhados, com ênfase no Plano Estadual de Políticas para as Mulheres, a revitalização da Coordenadoria, projeto que envolve a Lei Maria da Penha, entre muitos outros, com vistas ao empoderamento da mulher, na busca de sua autonomia e garantida de vida. Dalva Kaiser, coordenadora municipal de Políticas para Mulheres, fez um relato sobre as ações construídas em nível municipal, destacando a necessidade de uma luta constante para que se possa avançar. “Não estamos invisíveis, todos estão nos vendo. Devemos continuar nosso trabalho, para que possamos conquistar nosso espaço”, relatou.

A coordenadora do COMDIM, Sheila Sabag, destacou a necessidade de um trabalho coletivo para que resultados mais efetivos possam aparecer, o que foi demonstrado com a construção da Carta de Santa Catarina, que trata da defesa dos direitos da mulher, especialmente no que tange à saúde e proteção ampla contra a violência que ainda sofrem, consideravelmente, muitas mulheres catarinenses.

Foi apresentado, a seguir, o Projeto Empoderamento contra o Sexismo, pela equipe ADEDH, com foco na aldeia Guarani em Palhoça e no Quilombo da Toca, no município de Paulo Lopes. Foram discutidas as dificuldades encontradas para o desenvolvimento das ações, em função, principalmente, dos entraves encontrados na liberação de espaços e recursos financeiros. Para Carolina Rodrigues Costa, deve-se questionar o papel das entidades públicas na implantação das políticas para as mulheres, como forma de conquistar espaços.

Carmem Lucia Luiz falou, em seguida, sobre Monitoramento, Avaliação e Estratégias de Advocacy no Combate às Violências de Gênero. Para Carmem, a organização da sociedade deve ser considerada como o elemento mais poderoso, para que se possa crescer, sempre com foco no conhecimento das leis, o que leva as mulheres a agir centradas em seus direitos e deveres, possibilitando um avançar mais firme.

O término do evento ocorreu com um debate entre os presentes, destacando-se a importância das discussões e a necessidade de incentivo para a participação de mais grupos para que haja um crescimento mais constante nos desafios e conquistas.

A coordenadora/CEM Selma Westphal apresentou os programas e projetos desenvolvidos pela Coordenadoria Estadual da Mulher, relatando que, mesmo com as dificuldades encontradas, tem havido um forte crescimento. Segundo Selma, um trabalho, quando desenvolvido em equipe, sempre resulta em conquistas duradouras e significativas.