Falar para adolescentes é um desafio muito complexo. Falar ao lado da Marli Medeiros, líder comunitária e exemplo de representatividade, além de uma baita honra, é mais do que um desafio. Marli tem história pra mais de 500 anos... E eu sou uma fã, entusiasta e adoradora desta força provocadora. Então, imaginem a responsa?!
Deu frio na barriga? Sim.
Gosto de desafios. Topei.
Conversei com estas e estes adolescentes sobre reconhecimento, desconstrução, conscientização, representatividade e protagonismo, empatia, compaixão e sororidade. Termos base para o empoderamento feminino.
Lembrei da necessidade da voz feminina ser ouvida, da voz negra ser ouvida, do questionamento existente há mais de 300 anos:
"O que é ser mulher?"
Por que sempre se soube o papel do homem nesta sociedade, mas não o papel da mulher.. e aí questionamentos de Sojourner, Lorde, Beauvoir....
E chegamos uma conclusão:
Ser mulher é um ato revolucionário!
Finalizei minha fala dando lugar à Marli. Mulher, negra, mãe, vinda da vila e acima de tudo e de todos os estereótipos: VENCEDORA. Hoje uma líder.
Que a voz dela ecoe. Que a nossa voz seja ouvida!
Estela Rocha