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SEMINÁRIO DISCUTE TRAJETÓRIAS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DOS NEGROS EM SANTA CATARINA PDF Imprimir E-mail
Evento destaca a necessidade de se repensarem estratégias que visam à oportunização de currículos espaços e tempo, voltados a uma aprendizagem que considere o crescimento de grupos afrodescendentes e suas especificidades culturais e históricas.

Organizado pelo Fórum Permanente de Educação e Diversidade Etnicorracial de Santa Catarina, foi realizado, no dia 31 de agosto de 2012, na Assembleia Legislativa/Alesc, o Seminário Negros e Educação em Santa Catarina: trajetórias e desafios. Dedicado à deputada negra e professora Antonieta de Barros, o evento contou com a presença do deputado Sandro Silva, o primeiro negro a assumir uma cadeira na Alesc. Sandro encaminhou suas palavras para a importância de seu trabalho, como exemplo para que a população afrodescendente perceba a necessidade de uma maior participação.

Compareceram, também, destacados educadores, entre eles, a professora Jeruse Romão, presidente do Fórum, professores Joana Célia dos Passos e Marcelo Tragtemberg, entre outras autoridades presentes, além de representantes de órgãos públicos e entidades não governamentais que participaram ativamente das discussões durante o dia inteiro. A abertura do seminário aconteceu com emocionante apresentação do Grupo In Dança, com a coreografia A Flor da Pele, encantando a todos que compareceram às atividades.

A professora Jeruse Romão pediu que se refletisse sobre a necessidade de avaliação de políticas voltadas à igualdade, falando sobre a construção de uma agenda para a articulação de ações integradas com estratégias para mudanças a serem implementadas na educação catarinense, no que se refere a alunos negros. “Devemos trazer a público fatos históricos que enfatizem o papel destacado que os negros exerceram no país”, declarou Jeruse. Segundo ela, é vital que o negro conheça sua história e a forma como se coloca dentro dela. “Não queremos apenas contribuir, mas, essencialmente, transformar esta sociedade injusta e preconceituosa”, comentou.

Discutiu-se, durante o período matutino, educação infantil e quilombola, com destaque para a forma como se dirigem currículos, tempos e espaço destes níveis e momentos de ensino-aprendizagem, desconhecendo-se a forma como as comunidades negras elaboram seus relacionamentos, inclusive as crianças. Por se constituírem socialmente de forma diversa da família branca, com foco na coletividade, crianças negras encontram maiores dificuldades de aprendizagem e permanência na escola tradicional, o que as leva à evasão.

No período vespertino, a professora Joana Célia dos Passos falou sobre a Educação de Jovens e Adultos e as dificuldades que a clientela negra encontra ao frequentarem este nível de ensino, devido à necessidade de busca de sobrevivência no campo de trabalho.  Para ela, muitos alunos procuram a escola não como espaço de aprendizagem, mas, antes, como local de sociabilidades. Por se configurar como uma alternativa válida para a população afrodescendente, o EJA pode ser considerado como uma política afirmativa, é sua opinião.

O evento foi finalizado com a apresentação de várias experiências realizadas em escolas catarinenses, envolvendo a educação e diversidade étnicorracial, com ênfase em programas que demonstram a variedade e possibilidades oferecidas neste campo. “O seminário reveste-se de extrema importância, por discutir a educação de grupos historicamente excluídos dos benefícios que a escola oferece”, enfatizou o professor Luiz de Freitas, técnico da Coordenadoria Estadual da Mulher, participante do evento.

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 Palestrantes trouxeram temáticas que destacaram a necessidade de se repensarem estratégias que devem definir o papel da escola e sua ação para uma aprendizagem significativa de alunas e alunos afrodescendentes. Negros e índios, em sua opinião, continuam excluídos dos benefícios que a escola pode (e deve) oferecer a todos.

 

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 O público participou ativamente dos debates, fazendo questionamentos sobre a necessidade de se repensar uma educação que compreenda um currículo realmente inclusivo, beneficiando a todos os grupos que vivenciam a escola como um espaço de aprendizagem e de crescimento de quem dela participa.

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